A versão atual apresenta uma figura feminina coroada, ladeada por um leão e uma serpe alada, com uma taça dourada ao centro. Ao longo da história, estas figuras têm sido interpretadas de diversas maneiras, com explicações que variam entre o lendário e o simbólico. Desde a Idade Média, o brasão de Coimbra tem sido uma representação das suas conquistas, resiliência e do papel central da cidade na história de Portugal.

Entre as muitas lendas associadas ao brasão, a mais célebre é a de Cindazunda, uma princesa sueva oferecida em casamento por seu pai, Hermenerico, ao rei dos alanos, Ataces, como forma de selar a paz após uma derrota militar. A figura feminina do brasão seria Cindazunda, simbolizando o sacrifício e a união entre povos. A taça representaria as bodas, enquanto o leão e a serpe alada (ou dragão) personificariam os dois reis, que passaram de inimigos a aliados. Esta versão, popularizada por Frei Bernardo de Brito, capturou a imaginação de gerações e tornou-se uma das explicações mais aceites para o brasão.